Determinada por uma tristeza constante e prolongada, a depressão envolve uma ampla família de doenças. A síndrome é classificada como doença psiquiátrica crônica e pode ser recorrente, atingindo adultos, adolescentes e crianças.
Além do sintoma clássico da tristeza profunda (que se manifesta quase diariamente, na maior parte do dia, por um período mínimo de duas semanas), sentimentos de dor, culpa, amargura, perda de interesse, ausência de ânimo, desesperança, baixa autoestima e oscilações de humor são outras características do transtorno. Como ela pode gerar paralisação, incapacidade e levar a pensamentos suicidas, pois a vida pode parecer não ter mais sentido, é importante identificar os sintomas e diagnosticar a doença logo, para iniciar acompanhamento médico.
No Brasil, mais de 5,5% da população sofre de depressão e, no mundo, o número de doentes é maior que 320 milhões, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O risco de ter a doença é maior em situações como morte de pessoas próximas, separação conjugal, desemprego, pobreza, dor crônica, doenças graves, demais problemas de saúde no núcleo familiar e abuso de álcool e drogas. No entanto, qualquer um pode desenvolver a síndrome, que traz também distúrbios no sono e no apetite.
Sendo a depressão uma doença recorrente, ela se instala na pessoa, e os sintomas não são transitórios, ou seja, não passam após um período de duas semanas ou 20 dias. Em casos graves, a síndrome incapacita o doente, o faz paralisar diante dos problemas comuns a todos, como desentendimentos familiares, luto pela morte de alguém próximo, desencontro amoroso, perda do emprego e dificuldades financeiras.
Diante das adversidades, os indivíduos sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza é patológica e não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, e não há mais interesse pelas atividades que antes traziam satisfação e prazer.
Conhecido popularmente como derrame, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é, de maneira simplificada, a morte de células em uma região do cérebro. Esse processo ocorre quando há interrupção do fluxo de sangue no órgão.
Existem duas formas de AVC: o hemorrágico e o isquêmico. Os dois casos são considerados graves e devem ser identificados o quanto antes para serem devidamente tratados em um hospital.
O AVC é, atualmente, a principal causa de morte em todo mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que uma pessoa morre de AVC a cada 5 minutos, totalizando 100 mil mortes anuais.
Mesmo que a pessoa vítima de derrame não venha a falecer, ela pode enfrentar sequelas para o resto da vida, que incluem alterações motoras (paralisia) e na fala, déficit de memória, dificuldade em reconhecer pessoas e objetos, entre outros.
O AVC isquêmico é o mais comum e acontece quando um acúmulo de gordura entope as paredes de um vaso sanguíneo do cérebro e interrompe ou limita o fluxo de sangue, causando morte celular.
Já o AVC hemorrágico ocorre quando uma artéria ou vaso sanguíneo se rompe, interrompendo a circulação sanguínea e causando vazamento no local.
Os dois tipos de derrame podem ser prevenidos por meio de boa alimentação, exercícios físicos e bons hábitos, como evitar o consumo de álcool em excesso e cigarros. Evitar o estresse e realizar acompanhamento médico com frequência também são bons meios de evitar um AVC.
É importante destacar que o AVC isquêmico apresenta maiores chances de responder aos métodos preventivos e acontece, principalmente, por conta de colesterol alto, alterações cardíacas e doenças de coagulação.
Por outro lado, o AVC hemorrágico pode ocorrer por pressão alta, aneurisma ou acidentes em que há pancadas fortes na cabeça, por exemplo.
Os sintomas são semelhantes nos dois tipos de AVC e incluem:
• Alterações motoras súbitas
• Fraqueza muscular
• Dificuldade na fala
• Dormência no rosto, pernas ou braços
• Incapacidade de movimentar membros, geralmente em apenas um lado do corpo
• Sonolência
• Confusão mental
• Cegueira
• Náusea e vômito
• Dor de cabeça forte e repentina
• Aumento da pressão intracraniana
Identificar os sintomas de AVC rapidamente é importante para que a pessoa tenha um atendimento adequado o mais breve possível.
Se há alguma dúvida de que os sintomas são relativos à um AVC, é recomendado fazer o SAMU, sigla que significa:
S de sorriso: peça para a pessoa sorrir. O AVC é caracterizado pela pessoa só conseguir abrir a boca de um lado, Nesse caso, o sorriso será torto.
A de abraço: um dos sintomas de derrame é fraqueza muscular e falta de coordenação em um dos lados do corpo. Por isso, peça um abraço e veja se a pessoa consegue levantar os dois braços.
M de música: estimule a pessoa a cantar. Como há dificuldade na fala e na organização de pensamentos, o paciente não conseguirá articular uma canção em voz alta.
U de urgência: se todos os testes forem positivos, chame ajuda e uma ambulância imediatamente.
Quanto antes os sintomas começarem a ser tratados, melhores são as chances de o paciente não ter grandes sequelas. Por isso, o tratamento tem início na ambulância, com oxigênio e medicamentos para baixar a pressão arterial.
No hospital, será identificado o tipo de AVC que o paciente teve. A partir disso, o tratamento será diferente.
Caso seja um AVC isquêmico, serão prescrevidos medicamentos diretamente na veia para dissolver os coágulos de gordura. Se os remédios não funcionarem, o paciente pode ser encaminhado para uma cirurgia a fim de limpar os vasos sanguíneos.
Se o diagnóstico for de AVC hemorrágico, o paciente deverá tomar remédios na veia para reduzir a pressão arterial, mas geralmente é necessário passar por uma cirurgia para corrigir as lesões nos vasos e artérias.
Alergia é uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunológico contra substâncias diversas que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, pela via cutânea ou até mesmo por ingestão. Isso ocorre após a exposição a uma série de agentes, em indivíduos predispostos geneticamente. É também chamada de reação de hipersensibilidade.
Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, de crianças a adultos, sendo atualmente considerada um problema de saúde pública por acometer cerca de 10% a 20% da população mundial, comprometendo de forma significativa a qualidade de vida de adultos e crianças. No Brasil, a estimativa é que afete mais de 35% da população.
A gravidade das alergias varia de pessoa para pessoa e pode causar desde uma irritação menor (olho mais seco ou pequenas erupções na pele) até anafilaxia – uma emergência potencialmente fatal.
Em função das sensibilidades diferentes entre os indivíduos, os sintomas são bastante diversos. Eles variam diretamente de acordo com os tipos de reação que a pessoa desenvolve.
As substâncias que causam a alergia podem ser bastante variadas e são chamadas de agentes alérgenos. Alguns exemplos de causadores comuns de alergia incluem ácaros (poeira), fungos, certos tipos de medicamentos, pelos de animais, nozes ou amendoim, frutos do mar, picadas de insetos, certos tipos de plantas, pólen das flores e alguns metais, como a prata.
Algumas pessoas podem ainda ter alergias peculiares, como a alergia ao suor, chamada também de alergia ao calor, porque acontece com mais frequência durante o verão, quando suamos com mais intensidade. Quem tem esse tipo de alergia fica, por exemplo, com bolhas avermelhadas no pescoço e nas regiões onde o suor acontece com mais intensidade, como as axilas, além de coceira intensa.
A herança genética é a base para se ter alergia. Entretanto, ela só será desencadeada com a exposição a fatores ambientais.
A alergia na pele (dermatológica), por exemplo, pode ter diversas causas, que incluem:
Os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias (entre as quais, a mais comum é a rinite) são a exposição aos alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa, fungos (mofo), pelos de animais, baratas, pólens e demais fatores irritantes, como:
Alergia alimentar
Os sintomas de alergia alimentar surgem após ingerir alimentos alergênicos, como morango, frutos do mar, amendoim, leite, pimentas ou tomate, e incluem:
Alergia dermatológica ou na pele
A alergia na pele pode manifestar-se causando diversos sintomas, sendo frequentes em casos de sistema imune enfraquecido, alergia a medicamentos ou doenças infecciosas e normalmente incluem o surgimento de urticária com bolinhas, coceira, vermelhidão e inchaço da pele.
Geralmente, estes sintomas são causados pelo contato direto com substâncias como perfumes, níquel, esmaltes ou látex, mas também podem ser causados pela liberação de histamina, tendo como origem uma alergia respiratória ou alimentar.
Alergia respiratória
Os sintomas de alergia respiratória costumam afetar nariz, garganta e pele, surgindo:
Alergia a medicamentos
A alergia a medicamentos causa sintomas parecidos com os outros tipos de alergia, como o surgimento de bolinhas vermelhas na pele, coceira, urticária, inchaços, asma, rinite, diarreia, dor de cabeça e cólicas intestinais.
Esses sintomas surgem com o início do uso do medicamento (principalmente anti-inflamatórios, antibióticos e dipirona), e melhoram quando o tratamento é suspenso. Após identificar um medicamento que causou reação alérgica, é importante sempre informar o nome ao médico antes de qualquer tratamento ou cirurgia, para evitar que o problema se repita.
Os sintomas de alergia podem ser prevenidos, basicamente, evitando o contato, a ingestão ou a exposição a seus fatores desencadeantes (agentes alérgenos), mas para isso é bom ter uma avaliação médica responsável que mapeie as sensibilidades de cada paciente.
Algumas vezes, o disparador da reação alérgica é evidente e pode ser evitado. Em outros casos, é preciso ter ajuda médica para começar a investigar os motivos da alergia. Essa é a tarefa do alergista (ou alergologista), que começa a consulta fazendo uma série de perguntas sobre a vida do paciente a fim de descobrir de onde vem o incômodo.
Geralmente, o médico especialista investiga as condições da moradia e do ambiente de trabalho, quais os sintomas mais recorrentes, quando eles se manifestam e se há algum histórico de doenças alérgicas registrado na família. Alguns exames podem ser solicitados para confirmar o quadro alérgico e dar início a um tratamento adequado, que minimize ou até elimine as crises.
O que vale para todos é manter os cuidados de prevenção dos episódios críticos, como uma rotina rigorosa de higiene pessoal e dos ambientes. Manter lençóis sempre trocados, lavar cortinas e tapetes, aspirar o pó dos ambientes e evitar animais dentro de casa são boas opções para quem sofre com alergias respiratórias, por exemplo. Todas essas orientações serão passadas pelo profissional após a identificação dos disparadores das crises alérgicas.
As doenças alérgicas mais comuns ou mais complexas podem ser tratadas, desde que o diagnóstico correto seja feito. As causas das urticárias e dos eczemas nem sempre são bem reconhecidas. A imunologia clínica é uma ciência difícil, por isso a experiência do médico é fundamental.
O alergista ou alergologista faz o processo de identificar a que tipo de substância a pessoa é alérgica, por meio de uma série de testes e de exames. Isso permite que a pessoa com alergia evite ao máximo o contato com esses materiais no futuro. Uma pessoa em crise também pode contar com o médico da alergia para receber receitas que aliviam as reações alérgicas.
Por fim, os casos mais extremos de alergia também podem ser tratados com o auxílio da imunoterapia, que engloba o uso de vacinas para tratar pessoas que tenham alergias graves, que podem causar problemas de saúde como asma, rinite e a anafilaxia.
Para aliviar os sintomas de alergia na pele, deve-se lavar a região com água e sabão hipoalergênico, aplicar um creme hidratante e tomar um remédio anti-histamínico como hidroxizina, prescrito pelo médico. No entanto, nos casos que demoram para passar, é recomendado consultar um dermatologista, pois pode ser necessário fazer uso de medicamentos para alergia.
Nos casos mais graves de alergia alimentar, ou quando o tratamento não é iniciado o mais rápido possível, o paciente pode desenvolver sintomas de anafilaxia, que é uma situação grave que tem de ser tratada no hospital e que inclui sintomas como dificuldade para respirar, inchaço na garganta, queda repentina da pressão ou desmaio.
A alergia respiratória deve ser tratada no hospital com o uso de remédios que facilitam a respiração, como salbutamol ou fenoterol. Ela não provoca asma, mas pode agravar o quadro de um paciente asmático, sendo que nesses casos o paciente deve utilizar o nebulímetro (bombinha de asma) receitado pelo médico e tomar um remédio anti-histamínico, para reduzir os sintomas de alergia.
A dor de garganta é um sintoma comum a muitas condições e doenças. Normalmente, é provocada por uma inflamação que atinge a faringe (faringite), mas pode afetar também a laringe (laringite) ou as amígdalas (amigdalite). Com frequência, a inflamação envolve faringe e amígdalas simultaneamente, constituindo a chamada faringoamidalite.
A faringe liga as narinas ao esôfago. Já a laringe é a região onde estão localizadas as cordas vocais. As inflamações que causam o desconforto atacam o tecido que reveste a parede dessas mucosas.
O incômodo na garganta é o sintoma de que temos um corpo estranho no local, que pode ser partículas de poeira, objetos diversos ou algum microrganismo, ou também pode indicar que a região foi lesionada de alguma forma.
Dependendo do fator que causa a dor, os sintomas são:
Quando a dor é relacionada a uma infecção, frequentemente há outros sintomas associados, como:
Entre as principais causas da dor de garganta, estão:
Ter um sistema imunológico forte é sempre uma boa maneira para prevenir infecções e inflamações. Por isso, é primordial manter uma rotina saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos diários. Além disso, é recomendado:
Crianças
Crianças que apresentam dor de garganta devem ser levadas ao médico nos seguintes casos, para verificar se há presença de bactérias Streptococcus, que podem causar complicações graves, como febre reumática:
Adultos
Adultos devem procurar assistência especializada se a dor for acompanhada de algum dos seguintes sintomas:
O tratamento para dor de garganta deve ser orientado por um otorrinolaringologista ou clínico geral. Geralmente, o profissional da saúde receita antibiótico (como amoxicilina, azitromicina, cefaloxina, claritromicina), quando a causa diagnosticada for infecção bacteriana.
O tratamento dura de 5 a 10 dias, sendo importante tomar o medicamento até a data informada pelo médico, mesmo que os sintomas desapareçam antes disso. Ele deve ser ingerido de acordo com a forma prescrita pelo médico, sem interrupção do esquema de doses antes do final do tratamento.
O uso de antibióticos deve ser regido pelas seguintes regras:
A eventual melhora não comprova que a bactéria desapareceu. Ela continua lá, mas em menor quantidade.
Esquecer de tomar uma dose na hora certa ou interromper a terapia antes do tempo estabelecido dá oportunidade à replicação das bactérias. A consequência pode ser a resistência bacteriana, ou seja, quando você precisar usar um antibiótico novamente, ele não terá o efeito desejado.
O médico também pode receitar anti-inflamatórios como nimesulida, diclofenaco e ibuprofeno para diminuir a irritação e aliviar os sintomas. É importante respeitar as dosagens e período indicados pelo especialista e sempre iniciar o uso desse medicamento a partir das menores dosagens disponíveis, deixando as maiores para situações mais graves.
Há ainda diferentes tipos de pastilhas ou sprays que ajudam a aliviar a dor, irritação e inflamação da garganta por terem na sua composição anestésicos locais, antissépticos e/ou anti-inflamatórios, como a benzidamina, flurbiprofeno e tirotricina, por exemplo. Eles podem ser usados isoladamente ou associados a um analgésico ou anti-inflamatório de ação sistêmica.
Também é indicado beber mais água ou chás, para evitar o ressecamento da garganta, prevenindo ou aliviando a dor, além de fazer gargarejos e outras receitas caseiras, como ingerir sucos de frutas ricos em vitamina C e tomar própolis, mel, limão e gengibre. Prefira alimentos quentes para aliviar a dor e diminuir o desconforto e líquidos, como sopas e caldos, que são mais indicados para esses quadros, por ter menor risco de lesionar a região inflamada.
Para umedecer a garganta, o paciente também pode tomar um banho quente. É uma opção interessante para facilitar o repouso, especialmente durante a noite.
A tendinite é uma inflamação ou lesão do tendão, que é uma fibra responsável por unir o músculo ao osso, como uma corda. Essa condição provoca dor e inchaço na região, podendo afetar qualquer parte do corpo – porém, são mais frequentes as tendinites no ombro, pulso, cotovelo, joelho e tornozelo.
Os tendões ajudam a controlar e transmitir a força dos músculos, o que torna capaz a movimentação dos ossos. Dessa forma, a tendinite pode dificultar e, até mesmo, impossibilitar a movimentação do paciente.
O tendão não é tão forte quanto o osso e nem tão elástico quanto o músculo. Portanto, no caso de sobrecarga, é a estrutura que, geralmente, mais sofre.
Assim, as causas da tendinite costumam estar relacionadas, principalmente, a alguns fatores de risco que resultam na sobrecarga dos tendões.
Essa inflamação no tendão pode ser causada por um enrijecimento da fibra, que é normal do envelhecimento do corpo, ou devido a algum atrito, esforço ou movimentos repetitivos como no caso de atletas, doenças como diabetes ou artrite reumatoide e uso de medicamentos antibióticos como levofloxacino ou ciprofloxacino, por exemplo.
A falta de alongamento muscular pode ser um fator de risco para a condição, pois acaba sobrecarregando o tendão.
O principal sintoma de tendinite é uma dor forte na região do corpo que está sendo afetada pela inflamação. Se você sente muita dor nos braços, depois de um dia inteiro de trabalhos manuais, pode estar sofrendo de tendinite nos pulsos.
Além da dor local, os sintomas de tendinite incluem:
O diagnóstico da tendinite deve ser feito pelo ortopedista por meio de exame físico, analisando os movimentos e a sensibilidade da região afetada e checando se o problema é realmente no tendão, lesão muscular ou lesão articular.
Além disso, o médico pode solicitar exames de imagem complementares, como raio-X, ultrassom ou ressonância magnética da articulação para descartar outra doença que tem os mesmos sintomas, como a bursite, por exemplo.
A tendinite deve ser tratada pelo ortopedista que poderá indicar o uso de remédios analgésicos ou anti-inflamatórios (para combater a dor do paciente), realização de sessões de fisioterapia (para reabilitação) e, em último caso, cirurgia para evitar complicações como atrofia muscular ou ruptura do tendão, por exemplo. Além disso, é importante repousar a região afetada para que o tendão tenha a possibilidade de curar.
Para evitar maiores complicações, os médicos podem indicar a imobilização da área afetada pela tendinite, como o uso de tipoias, talas e até mesmo gesso, que deixam a região sem nenhum movimento para que o tendão passe por completo pelo processo de desinflamação.
Aplicações de compressas no local afetado pela tendinite também auxiliam o processo de recuperação: gelo para casos agudos (recentes) e de água quente para casos crônicos (existentes há semanas).
Geralmente, o tratamento da tendinite segue mesmo após o alívio das dores, por meio de sessões de fisioterapia que visam fortalecer os tendões e restabelecer os movimentos da região, evitando problemas futuros.
O tempo de repouso deve ser determinado pelo médico – períodos de repouso exagerados podem acarretar aderências e atrofia muscular.
Engana-se quem pensa que trabalhos executados em escritórios não oferecem riscos. Apesar de uma incidência muito menor de traumas, há inúmeros casos de doenças relacionadas ao aparelho osteomuscular, como as tendinites.
É essencial ter uma boa estrutura para um ambiente saudável do ponto de vista ergonômico. Se executa o seu trabalho sentado, procure ficar na posição mais correta possível, com os dois pés encostados no chão e as costas apoiadas no encosto da cadeira.
Também é importante fazer alongamentos periódicos durante a jornada de trabalho, independente das funções, tarefas e carga horária.
A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, o que pode provocar danos em vários órgãos, se não for tratado. A síndrome metabólica acontece pela falta de insulina e/ou pela incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando a glicemia – alta da glicose.
A glicose é um tipo de açúcar produzido a partir dos alimentos que ingerimos, e nossa principal fonte de energia. Esta substância química (insulina) produzida pelo pâncreas é a responsável por permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células.
A diabetes ocorre porque o órgão não está sendo capaz de produzir o hormônio em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo ou porque ele não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 40% dos adultos com a condição ainda não receberam o diagnóstico. A doença pode ser perigosa por aumentar certos riscos na saúde integrada do indivíduo, como problemas cardíacos, renais, mentais e sexuais.
Conforme dados da Federação Internacional de Diabetes, houve um aumento de 16% na incidência de diabetes na população mundial nos últimos dois anos. No Brasil, ainda segundo a SBD, a doença atinge cerca de 16,8 milhões de pessoas.
A diabetes pode ser dividida em quatro principais categorias:
Diabetes tipo 1: é menos comum e surge desde o nascimento, sendo considerada uma doença autoimune, já que o próprio organismo ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina. Assim, a insulina não é produzida, a glicose não é transportada para as células e acaba se acumulando no sangue;
Diabetes tipo 2: é o tipo mais comum (Mellitus) e acontece devido a uma resistência à insulina que surge ao longo da vida, normalmente devido a maus hábitos alimentares. Essa resistência diminui a ação da insulina no corpo e faz com que a glicose acabe se acumulando no corpo;
Diabetes gestacional: é um tipo de diabetes que acontece apenas durante a gestação e que está relacionado com a produção, pela placenta, de outros hormônios que bloqueiam a ação da insulina;
Pré-diabetes: acontece quando o nível de açúcar no sangue está aumentado, mas ainda não é o suficiente para fazer o diagnóstico de diabetes.
Além desses, a doença também pode ser dividida em outros tipos mais raros como a diabetes latente autoimune do adulto ou a diabetes desencadeada pelo uso de medicamentos.
Uma outra condição, conhecida como diabetes insipidus, embora possua uma denominação semelhante, não é considerada um tipo de diabetes, já que acontece quando os rins removem líquido em excesso do corpo, não estando diretamente relacionada com a insulina ou o nível de açúcar no sangue.
O diagnóstico da diabetes pode ser feito com uma série de exames laboratoriais de sangue que permitem avaliar a quantidade de glicose. A dosagem do nível de glicose (glicemia) é feita com uma simples gota de sangue. O resultado desse exame é considerado normal, hoje em dia, quando está abaixo ou igual 99 mg/dl na dosagem feita em jejum de oito horas.
Quando o resultado varia de 100 a 125 mg/dl, significa que a glicemia está alterada e que o paciente pode ter pré-diabetes. Nesse caso, é indicado um teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica: o paciente bebe uma solução açucarada e repete a coleta de sangue de meia em meia hora ou somente após duas horas.
Outro exame de laboratório que tem sido usado no diagnóstico e no controle do diabetes é a hemoglobina glicada (HbA1c), uma média que reflete os níveis glicêmicos dos últimos três ou quatro meses e que independe do jejum.
O tratamento da diabetes normalmente passa por fazer alterações no estilo de vida, principalmente na alimentação (dieta com controle de doces, massas e álcool) e na prática de exercícios físicos. Também existem alimentos que ajudam a controlar melhor a diabetes, como os grãos integrais, os legumes ou as oleaginosas. Em certos casos, ainda podem ser necessários medicamentos, como antidiabéticos orais (Metformina, vildagliptina, pioglitazona, sulfonilureia, Glibenclamida) ou insulina injetável. Os pacientes diabéticos também devem fazer exames frequentes nos pés.
A diabetes pode ser evitada com:
A Covid-19 é a infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, também conhecido como “novo coronavírus”. Responsável por uma das maiores pandemias de todos os tempos, a Covid-19 já matou quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo e contaminou pelo menos 420 milhões.
As manifestações da Covid podem ser diferentes de pessoa para pessoa e de variante para variante, apresentando sintomas que vão desde uma gripe moderada até uma grave pneumonia, responsável, muitas vezes, pelas mortes por insuficiência respiratória.
Normalmente os sintomas da Covid-19 aparecem entre dois e quatorze dias após a exposição inicial ao vírus, e no geral incluem:
Esses são os sintomas mais comuns, que podem ser confundidos com uma gripe e que geralmente são tratados em casa. Mas é importante consultar um médico ou ir à uma farmácia para realizar o teste rápido ou RT-PCR.
Caso o resultado seja positivo, o ideal é se manter em isolamento por até quinze dias após o primeiro dia de sintomas.
Os vírus são organismos mutantes, e o coronavírus não é diferente. Desde que a cepa original foi descoberta, no fim de 2019, muitas variantes surgiram, levando a alertas mundiais, restrições e sintomas diversificados.
As variantes Delta e Ômicron foram as que mais causaram preocupação. No início de 2021, a variante Delta se revelou ser entre 50% a 100% mais contagiosa do que a cepa original do vírus. Além disso, contou com sintomas mais parecidos com uma gripe, sendo que a perda de olfato e paladar, e a tosse se tornaram menos comuns.
Já a Ômicron é uma das variantes mais recentes e é considerada a cepa mais transmissível da Covid-19. De acordo com o Instituto Butantan, a Ômicron já é responsável por 99,7% das infecções de Covid no estado de São Paulo. Assim como a variante Delta, os sintomas comuns são febre, coriza, dor de garganta e dor no corpo, sem a presença da perda de olfato e tosse seca.
Outras variantes, como a Gama e a Alfa (descoberta no Brasil) acabam sendo deixadas de lado exatamente pelas taxas mais altas de transmissão de outras variantes, como a Ômicron. Entretanto, essas cepas continuam em circulação e devem ser combatidas com o uso de máscara, higiene das mãos, distanciamento social e vacinação.
Caso o seu teste conste positivo para Covid-19, você deve se consultar presencialmente ou por meio da telemedicina com um médico (mais indicada em relação ao isolamento social). Ele irá receitar medicamentos para a dor, febre e tosse. Além disso, é importante se manter hidratado.
Diferente de uma gripe normal, uma característica do novo coronavírus é a piora dos sintomas com o passar dos dias. Por isso, caso apresente sintomas mais fortes ou falta de ar, é importante voltar ao médico para que ele solicite exames, como um raio-x, e avalie a necessidade de internação.
Ainda não existe um tratamento específico contra a Covid-19. Dessa forma, o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social ainda são os principais aliados no combate ao vírus e ao surgimento de novas variantes.
A vacinação é o principal meio de impedir um quadro grave do vírus. É indicado tomar pelo menos duas doses das vacinas disponíveis nos postos de saúde de todo o Brasil para garantir maior proteção à doença. A dose de reforço também está disponível e é importante para assegurar uma resposta imune ainda melhor.
A insônia é definida como qualquer dificuldade em iniciar ou manter o sono durante a noite – alguns pacientes descrevem como a demora para “pegar no sono”, outros acordam várias vezes durante a noite e ainda há os que despertam no meio da madrugada e não conseguem voltar a dormir. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, de cada três brasileiros, pelo menos um tem insônia.
A insônia não é considerada um problema sério de saúde, mas pode causar consequências importantes, pois acarreta em cansaço, dificuldade de concentração, falta de energia, depressão, irritabilidade e sonolência durante o dia.
Embora muito comum, a insônia é considerada um distúrbio do sono que pode acarretar doenças graves se não tratada a tempo. A insônia pode ser classificada como crônica (permanente), transitória/transiente/subaguda (curto prazo) e intermitente/pontual (vem e vai). A dificuldade para dormir que dura desde uma noite até algumas semanas é classificada como transiente.
Caso os episódios de insônia transiente ocorram de tempos em tempos, classifica-se como intermitente. A insônia é considerada crônica se ocorre na maioria das noites e dura mais de um mês.
Pacientes com insônia normalmente apresentam sintomas diurnos, como fadiga, cansaço e déficit de concentração, levando a um impacto negativo na qualidade de vida. Existem algumas evidências que além dos sintomas relacionados ao cansaço pelas noites mal dormidas, pacientes com insônia crônica (com sintomas acima de 3 meses) apresentam um risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
A insônia normalmente acomete pacientes com tendência a ter um hiperalerta (sensibilidade excessiva para o despertar de acordo com condições do ambiente) e situações de estresse podem desencadear o quadro; mas também pode fazer parte dos sintomas de outras doenças, como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas, doenças clínicas e psiquiátricas, dentre outros.
O diagnóstico da insônia é feito pelas queixas clínicas dos pacientes. Deste modo é fundamental a identificação de fatores que possam ter desencadeado e podem estar perpetuando o quadro. A polissonografia (exame do sono) auxilia na identificação de outros possíveis distúrbios do sono que poderiam estar agravando ou precipitando o quadro de insônia, e que necessitem de tratamento.
A insônia normalmente se manifesta em pessoas que tendem a ter um grau de alerta elevado (hiperalerta). Outras possíveis causas da insônia são:
O tratamento da insônia deve ser individualizado e, de forma geral, inclui medidas comportamentais, como higiene do sono (série de hábitos para dormir melhor), medidas que reduzam o hiperalerta e terapia cognitivo comportamental, além do tratamento de outras doenças concomitantes que possam precipitar ou agravar o quadro e do tratamento medicamentoso, quando necessário. Remédios para dormir podem ajudar algumas pessoas, mas não são uma “cura” e devem ser usados apenas por alguns dias, já que o uso prolongado pode fazer a insônia retornar. Além disso, a utilização de remédios para dormir pode ser perigosa para pessoas com certos problemas no coração e particularmente para idosos. Fale com o seu médico antes de tomar qualquer remédio para ajudá-lo a dormir.
A higiene do sono é um conjunto de hábitos que pode ajudar qualquer pessoa a dormir melhor. Ajustes simples na sua rotina, especialmente à noite, podem afastar a insônia e melhorar exponencialmente a qualidade do seu sono. Boas práticas de higiene do sono incluem:
As insônias que permanecem por mais de duas semanas são consideradas subagudas e exigem ajuda médica, pois o problema pode se tornar crônico.
Leucemia é um tipo de câncer que afeta as células que produzem os glóbulos brancos (leucócitos), causando um aumento na quantidade destes glóbulos anormais na circulação sanguínea e atrapalhando a produção de células sanguíneas saudáveis da medula óssea.
É uma doença caracterizada por um excesso de produção de glóbulos brancos (leucócitos), que não podem realizar suas funções normais no organismo. Existem diferentes tipos de leucemia, mas as mais comuns são a leucemia linfocítica crônica e a aguda.
Leucemia em alguns casos tem cura, especialmente quando é diagnosticada precocemente e tratada rapidamente. O ideal é procurar um médico para acompanhar o caso, pois existe tratamento para a doença.
O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e medicamentos. Esses procedimentos podem efetivamente tratar a leucemia se ela for detectada precocemente.
Ainda não há uma causa única e definitiva para a leucemia.
Os pesquisadores acreditam que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença.
Outras possíveis causas incluem radiação, uso de certos medicamentos, vírus ou outras infecções, exposição a produtos químicos, alguns distúrbios autoimunes, dieta e estilo de vida. O que também pode ocorrer, de acordo com especialistas, é que quando um paciente está em um tratamento de quimioterapia, ele poderá desenvolver uma doença chamada neutropenia como complicação, pois essa doença danifica a medula óssea. Além disso, a própria neutropenia pode virar leucemia.
Mas a doença não é hereditária, então não passa de pais para filho, como também não é contagiosa, por isso não transmite para outras pessoas.
Para saber o tipo de leucemia, é necessário que o paciente faça um exame específico, chamado mielograma. Em alguns casos, também pode ser realizada uma biópsia para o diagnóstico. Os tipos mais comuns são a leucemia crônica e a aguda, mas existem outros tipos de leucemia, como:
Se desenvolve muito rápido e pode afetar crianças e adultos. O tratamento pode ser feito com quimioterapia ou transplante de medula óssea e, na maioria dos casos, tem cura.
Se desenvolve mais lentamente e é mais comum em adultos. O tratamento pode ser feito com uso de medicamentos.
Se desenvolve rapidamente e pode afetar crianças e adultos.
O tratamento pode ser feito com quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea em casos mais graves.
Se desenvolve lentamente e afeta mais idosos. O tratamento raramente é necessário.
Se desenvolve lentamente, é agressivo e mais difícil de tratar.
Pode ser causada por um vírus chamado Epstein-Barr, consgue afetar adolescentes e jovens adultos e é muito agressivo.
O tratamento pode ser feito com quimioterapia.
É causada por um vírus chamado HTLV-1, semelhante ao HIV e é bastante grave. O tratamento pode ser feito com quimioterapia e transplante de medula óssea.
Na maioria das vezes o tratamento não é eficiente para esse tipo de leucemia.
Esse é tipo de leucemia linfocítica crônica e é mais comum em homens.
Os primeiros sintomas das leucemias agudas são febre alta, suor noturno, calafrios e emagrecimento sem motivo aparente, mas existem outros sintomas que podem sinalizar a doença, são eles:
Já os sintomas das leucemias crônicas e que evoluem lentamente podem ser assintomáticas.
Aos primeiros sinais e sintomas, procure um médico hematologista ou oncologista.
O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, o hemograma, mas além dele o médico pode solicitar outros exames complementares para uma investigação melhor.
E, para confirmação do diagnóstico, é solicitado um exame específico, chamado mielograma, onde é feito a coleta da medula óssea do paciente e levada para um laboratório para avaliação e confirmação do diagnóstico.
É de extrema importância que o diagnóstico seja feito precocemente para evitar que a doença evolua.
Se atente aos sinais e sintomas da doença.
Existe diferentes tipos de tratamento para leucemia: quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, transplanta de medula óssea ou a associação de mais de um tratamento ao mesmo tempo, a depender do nível da doença.
A quimio, como é comumente chamada, são aplicações de medicamentos específicos injetados diretamente na veia.
O tratamento é feito por períodos, uma vez a cada semana ou em alguns casos em um intervalo maior de 15 dias ou 1 mês, dependendo do nível do câncer.
A imunoterapia é um tratamento parecido com a quimio, que são aplicações de medicamentos diretamente na veia e que também é feito por períodos.
O que difere a imunoterapia da quimio é a forma de como o medicamento atua, ajudando o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
*A radioterapia é a aplicação de radiações ionizantes (tipo de energia para destruir células de um tumor ou impedir que elas se multipliquem) voltada para o baço, cérebro, para outras partes do corpo ou para o corpo inteiro.
O transplante de medula óssea é, basicamente, a retirada de uma parte da medula óssea do quadril de uma pessoa saudável e transplantado para o paciente com leucemia.
Tudo isso é programado e feito pelo médico que acompanha o tratamento do paciente.
Lembre-se sempre de procurar orientação médica caso necessário.
Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão é caracterizada pela elevação – anormal e por longo período – da pressão arterial (pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo). A doença está entre os principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do coração exerce uma força natural contra as paredes internas das artérias. Os vasos sanguíneos, por sua vez, oferecem certa resistência a essa passagem. E é essa disputa que determina a pressão arterial.
A pressão é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) por um aparelho chamado esfigmomanômetro, posicionado em volta do braço, com um estetoscópio para ouvir os sons do peito. O indivíduo é considerado oficialmente hipertenso quando sua pressão fica maior ou igual a 14 por 9 na maior parte do tempo, de acordo com o Caderno da Atenção Básica 7, do Ministério da Saúde.
O primeiro número é registrado no momento em que o coração libera o sangue. Essa é a pressão sistólica, ou máxima – o recomendável é que não passe de 12 mmHg. O segundo valor é a pressão diastólica, ou mínima. O ideal é que fique em torno de 8 mmHg. Este famoso parâmetro 12 por 8 é considerado normal. Índices abaixo disso chamam a atenção para a chamada “pressão baixa”, que traz desconfortos e consequências diferentes da hipertensão, porém não tão perigosos para a saúde.
Importante ressaltar que o esfigmomanômetro é o aparelho ideal para fazer medição da pressão arterial. É importante medi-la mais de uma vez para confirmar. Os profissionais de saúde não consideram os aparelhos de pulso, que funcionam com pilhas, como confiáveis para a aferição doméstica.
Além disso, os cardiologistas podem solicitar um exame chamado MAPA de 24 horas, para confirmar se realmente se trata de um quadro de hipertensão ou se a elevação da pressão ocorreu por algum estresse momentâneo ou situação de tensão, por exemplo. Alguns médicos podem pedir ainda exames laboratoriais para verificar outros fatores de risco associados e exames cardiológicos e oftalmológicos.
• Genética (na maioria dos casos, é hereditária)
• Estilo de vida sedentário
• Obesidade
• Tabagismo
• Níveis altos de colesterol
• Ingestão frequente e em excesso de bebidas alcoólicas
• Alimentação inadequada, com elevado consumo de sal
• Estresse
• Apneia do sono e/ou sono irregular
• Diabetes
• Doenças renais
• Hipertireoidismo
• Idade (a partir dos 60 anos de idade, as artérias perdem a flexibilidade)
• Menopausa (queda dos hormônios femininos danifica as artérias)
• Etnia (a doença é mais prevalente na população negra e asiática)
Muitas vezes, a hipertensão não apresenta sintomas característicos e, por ser silenciosa, é muito perigosa. Portanto, se você tem parentes hipertensos, de parte materna ou paterna (se for de ambos os lados, atenção redobrada), é recomendável aferir os níveis de pressão arterial com mais frequência, para fazer o diagnóstico correto, de forma segura. Algumas pessoas relatam ter dores de cabeça, tontura, tremores pelo corpo, falta de ar ou dor no peito, porém, eles não são exclusivos da doença e podem estar ligados a outros problemas.
Se a sua pressão estiver extremamente alta, você pode ter alguns desses sintomas:
As complicações da hipertensão ocorrem em diversos órgãos do corpo:
1 – Olhos
2 – Cérebro
Mini AVC isquêmico, com risco para desenvolver demência
3 – Coração
4 – Circulação sanguínea
5 – Rins
A pressão arterial não controlada “seca” os rins, ou seja, faz com que o sistema de filtração do sangue se desintegre, acarretando numa retenção de líquidos que só se resolve com a hemodiálise.
A melhor maneira de se prevenir a hipertensão é apostar em uma dieta saudável e em exercícios físicos, evitar álcool e cigarros, manter um peso adequado (com controle da gordura abdominal) e evitar situações estressantes. Consultar um médico com frequência também é indicado para se certificar de que os exames estão normais, sem necessidade de alerta.
Qualquer paciente com hipertensão leve pode controlar a pressão com mudança de hábitos. Quem tem hipertensão moderada e grave pode melhorar os índices combinando medicação e comportamento saudável, pois maus hábitos, como alimentação com abuso de sal e produtos artificiais (industrializados) e consumo em excesso de álcool e cigarros, impulsionam a pressão alta.
Apesar de a doença não ter cura, é possível tratar a hipertensão e manter a pressão controlada, a fim de evitar complicações. Podem ser indicados medicamentos (são seis classes de anti-hipertensivos: vasodilatadores, diuréticos, inibidores adrenérgicos, inibidores da enzima conversora da angiotensina – ECA, antagonistas dos canais de cálcio e antagonistas do receptor da angiotensina II), e é essencial seguir as recomendações médicas do seu clínico geral ou cardiologista.
O médico deve orientar o paciente a mudar hábitos alimentares, parar de fumar e realizar atividades físicas. O planejamento das refeições deve ter restrições como:
O cristalino é um tecido transparente que funciona como a lente dos olhos. Ele permite que os raios de luz passem pela retina, transformando-os em imagens, sendo exatamente o atingido pela catarata.
A catarata é uma lesão ocular que torna o cristalino opaco e duro, fazendo com que a visão do paciente fique com uma espécie de névoa. A progressão da doença costuma ser lenta e geralmente atinge um olho e, depois de um tempo, o outro.
Se não for tratada, a doença pode levar à perda da visão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira em todo o mundo, o que equivale a 20 milhões de pessoas.
Já no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), surgem mais de 550 mil casos de catarata por ano. Mas a boa notícia é que a condição é reversível se for tratada corretamente.
Como consequência desses sintomas, muitas pessoas podem apresentar dificuldade para dirigir, ler e até mesmo andar e realizar outras atividades diárias simples.
Quedas também são frequentes, assim como a perda de interesse em hobbies cotidianos, como costurar e assistir televisão.
A catarata pode ser congênita (mais rara) e adquirida:
A catarata deve ser diagnosticada pelo oftalmologista por meio de um exame de biomicroscopia, acompanhado de dilatação da pupila. Após a confirmação da doença, o paciente é encaminhado para a cirurgia, o único tratamento disponível para a condição.
Mesmo em um estado mais avançado, em que o paciente já enfrenta cegueira, a catarata é reversível, diferente de outras doenças oculares, como o glaucoma, que não tem cura e causa cegueira irreversível.
A cirurgia de catarata é um processo simples, rápido e com anestesia local. Nela, o cirurgião vai substituir o cristalino por uma lente artificial, que tem como objetivo recuperar a visão do paciente. Essa lente pode, inclusive, corrigir outros problemas de visão e acabar com a necessidade de óculos, tanto para perto, quanto para longe.
Após o procedimento, o paciente deve seguir à risca os cuidados passados pelo médico para garantir uma recuperação saudável. Se tudo ocorrer bem, ele será liberado para as atividades cotidianas em cerca de uma semana no máximo.
É importante cuidar da saúde ocular. Mesmo que você não tenha nenhum problema de visão, o recomendado é ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano para fazer uma checagem geral e garantir que está tudo bem com os seus olhos.
Embora a catarata mais comum seja a senil, que acontece na terceira idade, é essencial evitar o uso de colírios com corticoide sem indicação médica e exposição ao sol, principalmente se for sem óculos adequados para barrar os raios solares mais fortes.
Se tiver diabetes, é ainda mais indispensável fazer uma consulta de rotina com o oftalmologista, além de cuidar da saúde no geral para evitar outros problemas.
Em casos de lesões e traumas no olho, vá ao oftalmologista de emergência imediatamente para que ele analise possíveis danos à visão e outras consequências.
Também chamada de esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout é um estado de estresse extremo e crônico, geralmente provocado por situações desgastantes de sobrecarga ou excesso de trabalho.
A doença mental surge quando o indivíduo atua em ambientes que requerem muita responsabilidade ou em que ocorre excesso de competitividade.
A expressão de língua inglesa significa queimar algo até o fim. Burnout é uma palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão.
Quem sofre com a condição perde suas forças físicas e emocionais por conta de uma rotina de trabalho que esgota sua energia, reduz a realização pessoal na área de atuação, despersonaliza sua capacidade profissional e o faz viver em pressão constante.
Os sintomas podem ser parecidos com os da depressão e ansiedade, trazendo distúrbios do sono e apetite, dores de cabeça, desconfortos gastrointestinais, disfunções sexuais, falhas de memória, dificuldade de raciocínio, dificuldade de autoaceitação/baixa autoestima, bem como desânimo e perda de motivação e interesse tanto no trabalho como no lazer.
O estresse, em geral, de forma descontrolada, costuma trazer muitos problemas de saúde para as pessoas. Mas é importante lembrar que o Burnout é um fenômeno ocupacional, ou seja, o termo se aplica apenas a cenários ligados ao trabalho. Não existe Burnout, ao menos com essa denominação, em outras áreas da vida: a síndrome está sempre ligada ao ambiente de trabalho.
No entanto, não se trata somente de concorrência, desempenho, jornadas longas, sobrecarga de funções. Falta de reconhecimento na empresa, criatividade tolhida pelos gerentes e mau relacionamento com os colegas também podem engatilhar uma síndrome de estresse crônico.
Em 2022, a OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a classificar oficialmente a Síndrome de Burnout como uma doença decorrente do trabalho. Com isso, o transtorno passa a ser tratado de forma diferente: “Estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso” – e as empresas precisam ficar atentas para esse risco. No texto anterior, ele era considerado ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico. Na prática, agora a empresa tem mais responsabilidade em relação ao bem-estar mental de seus funcionários.
Quais são os principais sintomas psicológicos?
E quais sintomas físicos podem estar associados?
Os fatores que desencadeiam a Síndrome de Burnout vão desde a exaustão física no trabalho até relações abusivas. Citamos abaixo as causas mais comuns:
Estas condições, muitas vezes associadas, existem frequentemente na rotina profissional. No entanto, isso não significa que apenas um fator não possa desencadear consequências físicas e emocionais graves. A intensidade das situações, dependendo da personalidade de cada profissional, podem fazer com que a mente reaja às adversidades de maneira prejudicial.
A síndrome pode ser evitada e/ou controlada a partir de medidas de qualidade de vida:
A ansiedade é caracterizada por um medo exacerbado em relação ao futuro, com uma preocupação exagerada que distorce o cenário real, alimentando diversos pensamentos negativos.
A ansiedade, quando saudável, é somente uma expectativa. Quando manifestada como distúrbio, prejudica a qualidade de vida, alterando o sono (insônia) e o apetite (diminuição ou aumento). Com sofrimento manifestado e a impossibilidade de manter ou controlar a rotina, o comportamento ansioso pode ser definido como doença.
Além do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), existem outros, como pânico, fobias e ansiedade social. O Estresse Pós-Traumático e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) também são classificados como transtornos de ansiedade.
A causa da ansiedade nada mais é que uma reação normal do corpo diante de futuros acontecimentos. É um tipo de adaptação evolutiva que o ser humano encontrou para que sua chance de sobrevivência aumentasse. De modo geral, um pouco de ansiedade é até benéfico para os indivíduos.
Por exemplo, a ansiedade de ir mal no concurso pode levar a pessoa a estudar mais e se preparar melhor para a prova. Pensar no que pode dar errado em uma viagem pode ajudá-la a se planejar melhor para evitar possíveis perda de dinheiro e tempo. Porém, há um limite para essa ansiedade que traz algumas vantagens.
Muitas vezes, inclusive, a linha é tênue entre o transtorno e a ansiedade comum. O sinal de alerta é quando um pequeno fato do cotidiano causa uma ansiedade desproporcional – isso certamente é um transtorno.
A causa do transtorno de ansiedade não é completamente conhecida, mas há evidências científicas de que uma série de razões que podem desencadear um transtorno de ansiedade.
São cinco as classificações principais da ansiedade:
Transtorno de Ansiedade Generalizada: o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é a combinação da preocupação excessiva com estresse contínuo. Ocorre quando a ansiedade passa a interferir na rotina.
Síndrome do Pânico: é um transtorno de ansiedade. Nesse caso, a pessoa acredita que está prestes a morrer e perdendo o controle de tudo. A sensação física pode ser descrita como um ataque do coração, mesmo que não haja evidência de algum perigo.
Fobia social: a fobia ou ansiedade social é um dos tipos mais comuns e acontece sempre quando a pessoa está em público. Outras espécies de fobia (como claustrofobia, agorafobia, medo de certos animais e de buracos) também fazem parte dos transtornos de ansiedade. No entanto, esses são referentes a objetos, situações e pessoas.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo: o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por movimentos repetitivos e comportamentos compulsivos. É o medo de perder o controle ou ser responsável por algo terrível para si ou para os outros.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático: o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é causado por um trauma ou acontecimento terrível. A pessoa passa por momentos de confusão e medo, recordando os mesmos sentimentos que sentiu durante o ocorrido.
A ansiedade pode ser prevenida e controlada a partir de medidas de qualidade de vida:
A Síndrome de Tourette (ST) é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos (movimentos involuntários, súbitos, rápidos, recorrentes), que persistem por mais de um ano e normalmente aparecem na infância. Eles ocorrem de forma contínua ou em acessos e também na forma de vocalizações (barulhos).
Esses tiques podem ser movimentos súbitos da cabeça, ombros ou até mesmo de todo o corpo; piscar ou virar de olhos; caretas; ou comportamentos repetitivos de tocar coisas ou bater com os dedos. Em algumas crianças, esses movimentos assumem um padrão muito complexo e podem até mesmo incluir comportamentos direcionados do tipo cheirar objetos ou ligar e desligar as luzes repetidamente.
Entre os chamados tiques fônicos – emissão involuntária de ruídos, palavras ou expressões, estão fungar, pigarrear ou tossir repetidamente; uma variedade de sons ou gritos; risos involuntários; ecolalia (repetição do que outra pessoa acabou de dizer); palilalia (repetição de palavras que criança acabou de dizer ou emissão em série de várias palavras); coprolalia (dizer palavras socialmente inapropriadas).
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), ao Distúrbio de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem. É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições.
As pessoas com o transtorno relatam ser praticamente impossível resistir à vontade de falar ou expressar esses tiques, mesmo que sejam inapropriados. A tensão para se manter em silêncio ou imóvel tende a piorar a condição e manifestar tiques mais intensos. Por conta disso, pacientes com Tourette têm dificuldade para controlar seus impulsos.
O distúrbio geralmente surge na infância, entre os quatro a seis anos. A síndrome alcança o seu pico de gravidade por volta dos 10 a 12 anos e diminui na adolescência. Os tiques apenas persistem até a idade adulta em 1% das pessoas.
Embora historicamente se considere que o primeiro relato da doença tenha sido feito pelo médico francês Jean Itard, em 1825, ao descrever o quadro da Marquesa de Dampierre (que apresentava o quadro mais estereotipado, caracterizado pela emissão de palavras obscenas em público), o nome da síndrome vem do neurologista Georges Gilles de la Tourette. A partir do caso da marquesa e de outros pacientes que analisou, ele sugeriu, em 1885, que tal quadro clínico constituía uma condição específica, diferente de distúrbios neuropsiquiátricos similares.
A ansiedade é um dos sintomas predominantes da síndrome, seguida pelos tiques. Eles são separados em duas categorias: os simples (movimentos e vocalizações breves) e os complexos (duram mais tempo e podem evoluir para uma combinação de tiques simples).
Os tiques também podem trazer dificuldades de convívio social. Com alguma frequência, pessoas com Tourette sentem necessidade de usar termos preconceituosos ou fazer gestos obscenos em público.
Essa característica que costuma causar sérios problemas para o paciente e seus familiares, e as situações de mal-entendidos podem elevar o estresse do indivíduo com Tourette.
Veja abaixo uma lista de exemplos de tiques:
Se o seu filho manifestar alguns desses padrões de comportamento por um período contínuo, é importante consultar um médico o mais breve possível. Repreender a criança com Síndrome de Tourette não a ajudará a controlar os seus impulsos. Na verdade, os tiques provavelmente se tornarão mais frequentes e indesejados.
A Síndrome de Tourette é uma doença genética, mais frequente em pessoas da mesma família, porém não se descobriu sua causa específica ainda. Também há a influência de fatores neurobiológicos e psicológicos para sua incidência.
A frequência do distúrbio neuropsiquiátrico já foi associada a:
O diagnóstico da Síndrome de Tourette é essencialmente clínico, feito por um neuropediatra ou psiquiatra especializado, observando o padrão dos movimentos, e deve obedecer aos seguintes critérios:
Para auxiliar no diagnóstico, os pais podem observar a manifestação dos tiques e anotar a sua frequência e variedade para, depois, mostrarem as informações ao médico.
Não são necessários exames específicos para identificar esta doença, mas, em alguns casos, o neurologista poderá solicitar ressonância magnética ou tomografia computadorizada, por exemplo, para verificar se existe a possibilidade de ser alguma outra doença neurológica com sintomas semelhantes.
A Síndrome de Tourette não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento adequado. O tratamento deve ser orientado por um médico (neurologista ou psiquiatra), envolvendo medicação e psicoterapia (para crianças e adultos).
Se o quadro clínico da pessoa não for grave, um número limitado de consultas com o psicólogo pode ser o suficiente para tranquilizá-la e modificar como trata o tique. Quanto menos prestar atenção nele, mais fácil será para controlá-lo.
A gravidade do transtorno é medida conforme a vida da pessoa é afetada pelos sintomas, prejudicando suas tarefas diárias ou chegando ao isolamento social e à depressão. Nesses casos, o tratamento pode ser feito com:
Embora existam diversos remédios psiquiátricos que podem ser indicados para o tratamento da Síndrome de Tourette, nem todos os casos precisam ser contornados com medicamentos. O ideal é agendar uma consulta com o psicólogo ou psiquiatra para determinar a melhor forma de lidar com os sintomas, que pode incluir apenas sessões de terapia cognitivo-comportamental, por exemplo.
A queda capilar é um problema frequente e pode ter relação com questões genéticas, deficiência de nutrientes, distúrbios hormonais ou ainda com aspectos emocionais (estresse, por exemplo).
Se o seu cabelo tem caído mais do que o normal, e não somente em uma época específica do ano, o que se percebe com facilidade pela quantidade de fios no ralo do chuveiro ou no travesseiro, se os fios não estão crescendo ou se tem percebido falhas em seu couro cabeludo, procure ajuda.
O médico dermatologista pode requisitar exames laboratoriais de sangue para auxiliar a identificar a origem do problema. Saiba que é possível não só prevenir, como tratar a queda de cabelo e ainda recuperar os fios perdidos investindo no tratamento adequado.
Algumas clínicas especializadas ainda dispõem de tricoscópio (um aparelho digital com câmera potente) para examinar o couro cabeludo e os fios. Esse procedimento avalia melhor displasias (disfunções) do couro cabeludo e da haste capilar, como caspa, oleosidade, psoríase, dermatite, coceira, alopecias etc.
Lembrando que a substituição de fios capilares é um processo saudável, pois os fios velhos caem para os novos nascerem. Na verdade, estima-se que todos os dias perdemos de 50 a 100 fios de cabelo – o que é absolutamente normal.
Na avaliação pessoal, é preciso identificar se os chamados “cabelos novos” estão aparecendo. Não é necessário se assustar com a quantidade de cabelo que cai, mas sim avaliar a densidade de fios que se enxerga no couro cabeludo. Se essa densidade tiver diminuído aparentemente e/ou se houver áreas da superfície mais esparsas na cabeça, o ideal é buscar atendimento com um especialista.
No caso da calvície, os sintomas são mais fáceis de identificar e aparecem mais cedo. Normalmente, quem tem pais calvos já se prepara para a mesma condição. A alopecia androgenética é mais comum em homens, em função da testosterona (o hormônio masculino).
Em geral, quem vai ficar careca começa a perder cabelo por volta dos 20 anos. Pesquisas apontam que homens têm 50% de chance de desenvolver calvície: 12% deles ficam calvos até os 25 anos; e 37%, até os 35. Quem não apresenta sinais até os 40 anos, como as famosas “entradas” perto da testa, pode ficar tranquilo quanto à quantidade de cabelos, pois após essa idade a testosterona entra em declínio. Em todos os contextos, sempre é melhor procurar um médico para ter o diagnóstico e orientações mais adequados.
Para tratar a queda de cabelo, pode-se recorrer a produtos específicos, remédios ou suplementos como:
Além disso, é também importante que a alimentação contenha todos os nutrientes necessários para o organismo, pois a queda de cabelo pode ser causada por dietas muito restritivas, pobres em calorias e pobre em proteínas.
Alguns procedimentos ainda podem ser recomendados por médicos:
A escolha pelo melhor tratamento deve ser feita pelo dermatologista, após avaliação e diagnóstico da queda de cabelo.
A queda de cabelo pode ser prevenida com:
A tendinite é uma inflamação ou lesão do tendão, que é uma fibra responsável por unir o músculo ao osso, como uma corda. Essa condição provoca dor e inchaço na região, podendo afetar qualquer parte do corpo – porém, são mais frequentes as tendinites no ombro, pulso, cotovelo, joelho e tornozelo.
Os tendões ajudam a controlar e transmitir a força dos músculos, o que torna capaz a movimentação dos ossos. Dessa forma, a tendinite pode dificultar e, até mesmo, impossibilitar a movimentação do paciente.
O tendão não é tão forte quanto o osso e nem tão elástico quanto o músculo. Portanto, no caso de sobrecarga, é a estrutura que, geralmente, mais sofre.
Assim, as causas da tendinite costumam estar relacionadas, principalmente, a alguns fatores de risco que resultam na sobrecarga dos tendões.
Essa inflamação no tendão pode ser causada por um enrijecimento da fibra, que é normal do envelhecimento do corpo, ou devido a algum atrito, esforço ou movimentos repetitivos como no caso de atletas, doenças como diabetes ou artrite reumatoide e uso de medicamentos antibióticos como levofloxacino ou ciprofloxacino, por exemplo.
A falta de alongamento muscular pode ser um fator de risco para a condição, pois acaba sobrecarregando o tendão.
O principal sintoma de tendinite é uma dor forte na região do corpo que está sendo afetada pela inflamação. Se você sente muita dor nos braços, depois de um dia inteiro de trabalhos manuais, pode estar sofrendo de tendinite nos pulsos.
Além da dor local, os sintomas de tendinite incluem:
O diagnóstico da tendinite deve ser feito pelo ortopedista por meio de exame físico, analisando os movimentos e a sensibilidade da região afetada e checando se o problema é realmente no tendão, lesão muscular ou lesão articular.
Além disso, o médico pode solicitar exames de imagem complementares, como raio-X, ultrassom ou ressonância magnética da articulação para descartar outra doença que tem os mesmos sintomas, como a bursite, por exemplo.
A tendinite deve ser tratada pelo ortopedista que poderá indicar o uso de remédios analgésicos ou anti-inflamatórios (para combater a dor do paciente), realização de sessões de fisioterapia (para reabilitação) e, em último caso, cirurgia para evitar complicações como atrofia muscular ou ruptura do tendão, por exemplo. Além disso, é importante repousar a região afetada para que o tendão tenha a possibilidade de curar.
Para evitar maiores complicações, os médicos podem indicar a imobilização da área afetada pela tendinite, como o uso de tipoias, talas e até mesmo gesso, que deixam a região sem nenhum movimento para que o tendão passe por completo pelo processo de desinflamação.
Aplicações de compressas no local afetado pela tendinite também auxiliam o processo de recuperação: gelo para casos agudos (recentes) e de água quente para casos crônicos (existentes há semanas).
Geralmente, o tratamento da tendinite segue mesmo após o alívio das dores, por meio de sessões de fisioterapia que visam fortalecer os tendões e restabelecer os movimentos da região, evitando problemas futuros.
O tempo de repouso deve ser determinado pelo médico – períodos de repouso exagerados podem acarretar aderências e atrofia muscular.
Engana-se quem pensa que trabalhos executados em escritórios não oferecem riscos. Apesar de uma incidência muito menor de traumas, há inúmeros casos de doenças relacionadas ao aparelho osteomuscular, como as tendinites.
É essencial ter uma boa estrutura para um ambiente saudável do ponto de vista ergonômico. Se executa o seu trabalho sentado, procure ficar na posição mais correta possível, com os dois pés encostados no chão e as costas apoiadas no encosto da cadeira.
Também é importante fazer alongamentos periódicos durante a jornada de trabalho, independente das funções, tarefas e carga horária.